“No casarão do Reducto de São José,
há espaço para a razão e também para a emoção...”
No Reducto de São José está plantada uma casa
Há uma casa plantada
No Reducto de São José
Mais do que casa, é casarão
Que é planta, sim, de engenharia,
Mas, sobretudo, é planta de vida,
Que tem raízes
Que tem tronco
Que se espalha em galhos
Que gera frutos
E que também é reducto, é proteção.
Proteção de almas, que são gêmeas
De aconchego, para o coração
E de auras que se cruzam
É reducto de defesa da razão
Nele há espaços para a emoção, para a canção
Nele há espaços para a paixão
E reserva, também, neste momento,
Cantos e encantos para a reflexão.
Não é, por isso, um simples espaço
Tem memórias, narrativas
Tem trajetórias...
Em sendo espaço, é também lugar.
Que nos dá vazão
E nos faz imergir em pertencimentos,
Em histórias e em geografias que espelham identidades
É lugar de várias, em apenas uma,
Pessoa, mulher, mãe, esposa e intelectual
Que se enraíza em tradição
E que se antena ao mundo
De macro e de microcosmos de vidas,
De vidas de uma Belém cidade,
Contida em seu próprio (sobre) nome,
E que, pelo “A” que não lhe nega,
Se chama Abelém.
Com estas palavras, que nos remetem a uma casa da Rua 28 de
Setembro, situada entre a Rui Barbosa e a Quintino Bocaiúva, no bairro do Reduto
de São José, é que inicio minha saudação à minha ex-professora, orientadora,
amiga e, agora, nova sócia do IHGP, Auriléa Gomes Abelém.
Não estamos no dia 28, mas bem que poderíamos estar também neste
dia, já que o mês é de setembro. Se assim fosse, entrecruzaríamos o espaço e o
tempo neste ponto de meridiano e paralelo em que nos situamos agora e que é,
indubitavelmente, transversal aos tempos. De qualquer forma, independentemente
do dia, este casarão simboliza o encontro da história com a geografia, através
de uma só pessoa, que, para nós, é representativa do que é a nossa cidade, e também
do que somos, como amazônidas.
Nascida nesta cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará,
Auriléa Gomes Abelém é uma dos sete filhos do casal Pedro José de Mendonça
Gomes e Cecília Ferreira Gomes. Veio morar no bairro do Reduto no ano de 1969,
dez meses depois de se casar com Antônio Jorge Abelém, em 1968, e que já era
morador do mesmo bairro, onde também nasceu e se criou.
A ligação de nova nossa sócia com esse bairro extrapola,
entretanto, os 41 anos em que aí morou. Seu bisavô, Raphael Fernandes Gomes,
foi um dos sócios fundadores da Ferreira Gomes & Cia., que sucedeu a firma
Centro Comercial Redutoense, uma das grandes expressões do comércio do bairro no
passado.
Mas essa relação com o bairro não se esgota aí. Às proximidades
da casa onde morou grande parte de sua vida estavam localizados três
estabelecimentos que também foram marcas da geografia do bairro e de sua
própria história: a Ferreira Gomes Ferragista S/A, de seu avô paterno; o Frigorífico
Paraense Ltda. (FRIGOPAR), de seu pai; e as Lojas Jorbem, antes Bazar São João,
de seu esposo.
Foi o Reduto que também me fez cruzar a geografia e a história
de Auriléa Abelém e a de seu esposo. Ambos, à sua maneira, levaram-me a
conhecer e a imergir nos espaços e nos tempos desse bairro. Ele, de maneira
mais empírica, conduzindo-me pelas ruas e becos desse pedaço tão representativo
de nossa cidade e me mostrando o bairro do passado e do presente. Ela, me
fazendo refletir teorica e cientificamente sobre a realidade do Reduto para
defendê-lo, como parte de minha dissertação de mestrado. Foi assim que, tomando-me
pelas mãos, fez-me seguir, como ela já teria feito antes, os passos da vida
acadêmica.
No seu caso, essa trajetória iniciou ainda na década de 1960, ao, ingressar, em 1963, por meio de vestibular, no curso de Ciências Sociais na antiga Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Pará. Como nos narra em
suas memórias, “era uma época de grande efervescência política e cultural na
universidade brasileira, com intensa participação dos estudantes que contavam,
em Belém, com uma sede onde era possível congregar os vários diretórios
acadêmicos. Situada na Avenida São Jerônimo, hoje Governador José Malcher, a
União Acadêmica Paraense (UAP), filiada a UNE (União Nacional dos Estudantes),
foi em 1 de abril de 1964, um dos primeiros alvos dos militares aqui no Pará,
sendo invadida, suas lideranças presas e a entidade extinta”[1].
Entrou para essa faculdade pensando em se tornar pesquisadora em
Ciências Sociais, mas, como relata ela própria, “em decorrência do golpe
militar de 1964, as expectativas do que seria um curso para formar pesquisadores
em Ciências Sociais foram abaladas em seus alicerces: o curso passou a formar
apenas licenciados, não mais bacharéis”[2]; fato este que a fez
pensar em desistir, se não fosse a possibilidade que o curso lhe deu, mesmo sob
uma orientação mais convencional de pensamento social, olhar sua realidade
sobre diversos ângulos disciplinares das Ciências Sociais, ajudada que foi por
importantes professores que muito influenciaram sua forma de interpretar a
realidade, dentre eles: Orlando Costa, Amílcar Tupiassu, Armando Bordalo,
Napoleão Figueiredo, Benedito Nunes, Graça Landeira e o grandioso Roberto
Santos, que dá nome à cadeira agora ocupada por nossa nova sócia no IHGP.
Formou-se em 1966, mesmo ano em que foi fundada a SUDAM (Superintendência
de Desenvolvimento da Amazônia), que muita transformação promoveu na história,
na geografia e na vida social e econômica da nossa região, de nosso estado e de
nossa cidade; esta que também passou a se metropolizar a partir daquele momento.
As transformações em curso na região se tornaram, igualmente, os
principais objetos de preocupação de Auriléa Gomes Abelém que, desde a
graduação, já despertava interesse pelas questões da região amazônica e de
Belém. Foi o que aconteceu, por exemplo, quando a
Faculdade de Filosofia comemorou, em outubro de 1964, seu
primeiro decênio, realizando uma programação de painéis promovidos pelos seus
diversos cursos de graduação. Foi nessa oportunidade que, em colaboração com o Professor
Roberto Santos, o também paraninfo de sua turma de 1966, participou do painel intitulado:
“Alguns Problemas do Crescimento de Belém”. Essa atividade manifestava, já
naquele momento, o seu fascínio pelos estudos urbanos, desenvolvidos de forma
mais aprofundada, posteriormente, na pós-graduação.
Foi, sem dúvida, a formação inicial em Ciências Sociais que lhe
forneceu elementos e instrumentais para lidar com questões relacionadas ao planejamento
e à intervenção na realidade social, política e econômica estadual e regional;
interesse esse que foi somado aos conhecimentos teóricos mobilizados na sua
prática de docência, e que estreitaram os seus vínculos com a pesquisa e extensão,
desde o ano de 1974.
Foi nesse ano, ainda em plena ditatura militar brasileira, que
retornou ao ambiente acadêmico como docente, após atuar por oito anos na
condição de técnica e pesquisadora do IDESP (Instituto de Desenvolvimento
Econômico e Social do Pará), então órgão de pesquisa e planejamento estadual, no
qual começou a trabalhar depois do convite de seu antigo professor Amílcar
Tupiassu. Para esse mesmo órgão retornou depois, em 1998, após sua
aposentadoria na UFPA, ocorrida no ano de 1996.
A ditadura militar foi responsável por impor a formação de
técnicos gestores e planejadores para pensar a região e seus estados e, como
conseqüência, a revitalização das Ciências Sociais e Econômicas, estimulou o
desenvolvimento da pós-graduação nessas áreas; fato esse que deu origem, em
1973, ao Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, onde, no início da década de 1980,
concluiu seu mestrado, sendo esta oportunidade uma forma de pensar a região amazônica
e seus problemas urbanos, como uma resposta crítica aos anseios até então
colocados pela ideologia do planejamento da ditadura militar.
Conforme relata a própria Auriléa Abelém em suas memórias, se, por
um lado, o núcleo de integração, então surgido, o NAEA, buscava contribuir para
a “formação de ideólogos do planejamento estatal, dando origem, mais tarde, ao
mestrado em Planejamento do Desenvolvimento [foi] o mesmo núcleo que passou a estimular
a consciência crítica e a instrumentalizar seus alunos para a busca do
planejamento alternativo, democrático e participativo”[3]. Seguindo essa orientação foi
que Auriléa encaminhou as suas contribuições no interior e fora do Núcleo de
Altos Estudos Amazônicos.
Seu mestrado demonstrou a sensibilidade
para uma geografia, uma história e uma sociologia urbana de Belém nada
convencionais. Preocupada com a problemática dos terrenos ocupados, com a reintegração de posse de espaços em
bairros como a Sacramenta, com a luta pela moradia urbana nas décadas de 1970 e
1980, em uma cidade que se metropolizava, sua pesquisa de mestrado tratou do remanejamento
da população do Igarapé São Joaquim para o Conjunto Providência, sendo uma das
primeiras dissertações elaboradas no interior do Núcleo de Altos Estudos
Amazônicos.
Defendida em 1982, sob a orientação do
professor Heraldo Maués, que também integra este importante silogeu, essa mesma
dissertação, foi, mais tarde, no final da década de 1980, publicada em forma de
livro com o mesmo título que nomeou a dissertação, “Urbanização e remoção: por
que e para quem?” [4],
tornando-se, a partir daí, um livro de
referência e uma leitura obrigatória para todos aqueles que discutem e estudam
o processo de urbanização de Belém e da Amazônia.
Como parte de sua
formação, também realizou duas especializações, uma em Teoria Sociológica, pela
Universidade Federal do Pará, concluída em 1982, e outra em Ciencias Sociales
Politicas, pela Faculdade Latino Americana de Ciencias Sociais, em 2002.
Sua experiência na
área de Sociologia e Ciência Política, com ênfase em políticas públicas, lutas urbanas, planejamento urbano, Estado e políticas públicas, avaliação institucional e avaliação de políticas públicas deram
possibilidades de atuar e se destacar como docente, pesquisadora e orientadora
de trabalhos acadêmicos, inclusive em nível de mestrado, tratando e
problematizando temas como os relacionados ao planejamento, às remoções e às contradições
e dinâmicas urbanas.
Dentre as orientações
efetivadas, destaco a minha própria, em nível de mestrado; orientação essa dividida
com o professor Roberto Lobato Corrêa, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de
Janeiro). Como Auriléa, realizei mestrado no NAEA, momento em que pude
estabelecer importante interlocução com ela, que me proporcionou ricos
aprendizados, gerando, como fruto, em 1993, a dissertação “Produção do espaço e
diversidade do uso do solo em área de baixada saneada - Belém-Pará”. Graças à sua contribuição, essa
mesma dissertação foi contemplada com o segundo lugar do “I Prêmio NAEA -
Dissertação de Mestrado”, resultando em publicação, em forma de livro, no ano
de 1997[5].
Na UFPA, além da
docência, da pesquisa, das orientações e da extensão, participou de comissões
internas, esteve a frente de comissões editoriais de revistas científicas, coordenou
cursos em diversos níveis, inclusive o de Planejamento do Desenvolvimento, do
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos.
Destacam-se, ainda, como parte de sua vida profissional, atuações como consultora, pesquisadora, colaboradora e/ou coordenadora de programas e projetos na SECTAM (Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente), no IUPEA (Instituto Universitário de Pesquisa e Ensino na Amazônia), no PROCERAS (Programa de Capacitação da Rede de Assistentes Sociais do Governo do Estado do Pará), na FLACSO (Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales - Programa Santiago, Chile), na UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), na SEMEC (Secretaria Municipal de Educação e Cultura, SEMEC) e no ISEB (Instituto Superior de Educação de Belém).
Sua contribuição para a ciência no contexto da
produção acadêmica e técnica lhe faz autora, além de seu principal livro de
referência, já mencionado e editado pela UFPA, de mais de uma dúzia de trabalhos
acadêmicos em periódicos, capítulos de livros e anais científicos.
Destacam-se as seguintes publicações em periódicos:
1.
ABELEM, Auriléa Gomes. Ideologia e Planejamento Urbano: reflexões sobre uma
experiência em Belém. Espaço &
Debates, São Paulo, v. 12, n.4, p. 5-25, 1984.
2. ABELEM, Auriléa Gomes; OTERLOO, Matheus . Belém: Identidades Regionais
e Novas Estratégias. Revista Proposta,
Rio de Janeiro, v. 67, 1995.
3. ABELEM, Auriléa Gomes. Gestão Democrática e Geração de Indicadores
Sociais. Gestão Democrática e Geração de
Indicadores Sociais, Belém, v. 1, n.1, p. 52-55, 1996.
4. ABELEM, Auriléa Gomes. Carências Habitacionais na Amazônia. Cadernos de Estudos Sociais (FUNDAJ), v. 12, n.2, 1996.
Como capítulos de livro de sua autoria, temos:
1. ABELEM, Auriléa Gomes; EVANGELISTA, Maria Luiza Marques ; YANNOULAS,
Sílvia C . Consultas aos Atores e Atrizes Estratégicos (1998 - 2003). In: YANNOULAS,
Sílvia. C. (Org.). A convidada de Pedra -
Mulheres e Políticas Públicas de Trabalho e Renda: entre a descentralização
e a integração supranacional. Um olhar a partir do Brasil 1988 - 2002.
Brasília: FLACSO, 2003. v. 1. p. 1-348.
2. ABELEM, Auriléa Gomes; HÉBETTE, Jean. Assentamentos da Reforma Agrária
na Fronteira Amazônica. In: HÉBETTE, Jean. (Org.). Cruzando a Fronteira: 30 anos de estudo do campesinato na Amazônia.
Belém: EDUFPA, 2004. v. 2. p. 1-303.
3. ABELEM, Auriléa Gomes; HÉBETTE, Jean ; PARAENSE, Mariceli; EMMI,
Marília . Cruzando uma zona de fronteira em conflitos: o leste do Médio
Tocantins. In: HÉBETTE, Jean. (Org.). Cruzando
a Fronteira: 30 anos de estudo do Campesinato na Amazônia. Belém: EDUFPA,
2004. v. II. p. 1-303.
4. ABELEM, Auriléa Gomes; COSTA, Maria José Jackson . A Descentralização
de Políticas Públicas: o caso Planfor/PEQ no Pará. In: COSTA, Maria José
Jackson. (Org.). Trabalho, educação profissional
e empregabilidade. Belém: EDUFPA, 2006. p. 1-261.
Essa produção é também enriquecida com suas orientações acadêmicas, dentre elas as 4 dissertações de mestrado que acompanhou como orientadora ou coorientadora, além de vários trabalhos de graduação em áreas como a Sociologia, a Geografia, a Ciência Política e o Planejamento Urbano e Regional.
Sem dúvida, foi toda
essa bagagem acadêmica e cultural a responsável pela sua inquestionável
aceitação como nova sócia efetiva do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. E
é neste sentido, minha querida orientadora e amiga, ilustríssima Professora Auriléa
Abelém, que quero, em nome dos sócios deste Instituto, dar-lhe as boas-vindas a
este importante silogeu a fim de que possa, a partir de agora, ocupar a cadeira
de número 44, como sua fundadora, cujo patrono é o ilustríssimo Roberto Araújo
de Oliveira Santos.
Sua presença no nosso
meio é um motivo de grande alegria, de honra e de orgulho, pois sabemos que sua
trajetória de vida, assim como a sua rica trajetória acadêmica, nos diversos campos
onde atuou e tem atuado, referendam a sua preocupação em articular os
conhecimentos entre a história, a geografia e as ciências afins, tendo,
portanto, muito a contribuir para elevar ainda mais o nome do Instituto
Histórico e Geográfico do Pará e para engrandecer essas importantes ciências
que muito bem dialogam com a sua formação acadêmica e profissional.
Que seu rico
conhecimento, assim como o seu pensamento crítico e reflexivo, venha a somar àquilo
que se faz e se divulga a partir do IHGP. Que sua paixão e seu amor pelo Reducto
de São José, por Belém, pelo Pará e por nossa região sejam bem acolhidos no Solar
do Barão, que também é um casarão, como este em que estamos, que muito bem acolheu
a sua história e a sua geografia de vida.
E, ainda, que o seu
carinho, a sua atenção e o seu cuidado em preservar e manter este casarão
inspire-nos, também, juntos, no casarão do Barão, a preservar, a manter, a
cuidar e a divulgar a História, a Geografia e a Antropologia de nosso estado e
de nossa região; preocupações estas que são a razão maior da existência de um
Instituto que é centenário e que já se tornou um patrimônio de nossa cultura,
de nossa história e da paisagem urbana de nossa cidade.
Sinta-se em casa,
pois este Instituto e todos os que nele se reúnem, e que é tão bem presidido
pela Profa. Dra. Anaiza Vergolino, já lhe têm, a partir de agora, como parte de
sua história e, por que não dizer, de sua geografia, que é feita cotidianamente
por cada um dos que integram o IHGP.
É formado por sócios que,
mais que intelectuais, pesquisadores, professores, estudiosos da Geografia, da
História, da Antropologia e de ciências afins, compõem um corpo de cidadãos
empenhados em causas e questões que não são apenas nossas, mas de toda uma
coletividade, e que também agora lhe recebem de braços abertos para reforçar o
nosso quadro de intelectuais, para consolidar atividades já em curso, bem como,
para constituir outras frentes de trabalho por meio de novas inciativas que,
esperamos, possam surgir a partir de sua
presença entre nós, reforçando o nosso ambiente propício à criação, ao debate e
à reflexão científica e cultural.
Seja muito bem-vinda
professora Auriléa Gomes Abelém. O Instituto Histórico e Geográfico do Pará,
agora é, também, sua casa!
Obrigado!
Belém-Pará, 23 de setembro de 2016.
Saint-Clair Cordeiro da Trindade Júnior
Geógrafo e Bacharel em Direito, UFPA.
Sócio Efetivo do IHGP, Cadeira no 21.
Doutor em Geografia Humana, FFLCH/USP.
Professor Titular em Geografia, NAEA/UFPA.
Pesquisador Nível 1D, CNPq.
[1]
ABELÉM, A. G. Memória a Belém.
Disponível em: <http://memoriaabelem.blogspot.com.br>.
Belém, mai. 2016. Acesso em: 21 set. 2016. n.p.
[2] Idem,
ibidem.
[3] Idem,
ibidem.
[4] ABELÉM,
A. G. Urbanização e remoção: por que
e para quem? Belém: UFPA/NAEA, 1988.
[5] TRINDADE
JR., S-C. C. Produção do espaço e uso do
solo urbano em Belém. Belém: NAEA, 1997.
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